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La Porta e Yane Marques vencem eleição polêmica para presidência do Comitê Olímpico do Brasil 3u611d

Yane Marques e Marco La Porta formam a chapa de oposição desta eleição para presidência do Comitê Olímpico do Brasil (COB) Divulgação

O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) deste próximo ciclo, até Los Angeles-2028, foi definido nesta quinta-feira (3) em assembleia geral da entidade realizada no Rio de Janeiro (RJ).

Marco Antônio La Porta venceu Paulo Wanderley, de 74 anos, em uma eleição polêmica e será o dirigente máximo do esporte olímpico brasileiro a partir de 2025, em um mandato de 4 anos. Integrante da chapa vencedora, a ex-atleta Yane Marques ocupará a vice-presidência.

Com 30 votos contra 25, La Porta, de 57 anos e ex-vice de Wanderley no COB, e Yane, medalha de bronze no pentatlo moderno em Londres-2012 e ex-presidente da Comissão de Atletas do COB (CACOB), superaram a chapa da situação, que também tinha Alberto Maciel Júnior como vice-presidente.

Antes mesmo da votação em si, o pleito foi rodeado por uma grande polêmica. Paulo Wanderley, atual presidente do COB, entrou na disputa sob críticas de atletas e ex-atletas, como Hortência, e entidades esportivas, como a Pacto pelo Esporte e Atletas pelo Brasil. A questão girava em torno de a sua candidatura ser legal ou não.

O dirigente foi eleito vice-presidente em 2016 e, no ano seguinte, assumiu a presidência após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman, preso sob a suspeita de compra de votos para o Rio de Janeiro sediar as Olimpíadas. Wanderley, então, seguiu no cargo e, em 2020, venceu a eleição para presidente do COB para o ciclo 2021-2024, que incluiu os Jogos de Paris-2024.

Sua candidatura foi aprovada pela Comissão Eleitoral da entidade, após o aval do Conselho de Ética do COB, que interpretou o período de 2017 a 2020 como um 'mandato-tampão'. Desta forma, Paulo Wanderley disputou agora a sua primeira reeleição e não a segunda, o que não é permitido pela lei brasileira.

Esta interpretação foi questionada pelos críticos, que consideram a candidatura de Wanderley como uma tentativa de um terceiro mandato, algo proibido pela Lei Pelé e pelo próprio estatuto do COB. Inclusive, esta possível quebra na legislação poderia até impactar diretamente os rees das loterias que a entidade recebe.

Mesmo com esta questão, a chapa de oposição, formada por La Porta e Yane, afirmou em entrevista exclusiva à ESPN uma semana antes do pleito que não iria judicializar a eleição.

O colégio eleitoral que votou nesta assembleia foi formado por 34 presidentes das confederações filiadas ao COB, 2 membros brasileiros do Comitê Olímpico Internacional (COI) e 19 representantes da CACOB.

Os atletas tiveram uma participação em peso na eleição. Inclusive, segundo uma informação de Fernando Gavini, repórter do Olimpíada Todo Dia, Grummy, atleta da seleção brasileira de pólo aquático, fez um bate-volta de Cáli, na Colômbia, para votar no pleito. O brasileiro está disputando o Campeonato Sul-Americano e pegou um avião de volta para o Rio de Janeiro só para participar da eleição.

A votação também elegeu, além do presidente e vice do COB, 8 membros do Conselho de istração, sendo sete representantes das Entidades Nacionais de istração do Desporto (ENADs) filiadas e integrantes dos programas olímpicos e um membro independente pelos próximos quatro anos.

Conselho de istração eleito 373a6c

  • Daniela Rodriguez de Castro (membro independente)

  • Felipe Tadeu Moreira Lima Rêgo Barros (handebol)

  • Radamés Lattari Filho (voleibol)

  • Rafael Girotto (canoagem)

  • Jodson Gomes Edington Junior (tiro esportivo)

  • ⁠Karl Anders Ivar Pettersson (Desportos na Neve)

  • ⁠Flavio Cabral Neves (Wrestling)

  • ⁠Flavio Padaratz (Surfe)