O título da Costa do Marfim na Copa Africana de Nações, com virada sobre a Nigéria neste domingo (11), tem a marca de Sébastien Haller, o atacante que precisou superar bem mais do que zagueiros para se consagrar como o herói do país.
Revelado pelo Auxerre, da França, o goleador brilhou com a camisa do Utrecht, teve uma agem de pouco sucesso pelo West Ham na Premier League e explodiu de vez com a camisa do Ajax, onde foi artilheiro da equipe na temporada 2021/22.
Tamanho sucesso fez Haller ser escolhido a dedo pelo Borussia Dortmund com a ingrata missão de substituir Erling Haaland, vendido ao Manchester City. Mas, no mês seguinte à negociação, o atacante recebeu a pior notícia da vida: o diagnóstico de um tumor no testículo.
O marfinense, então, mudou completamente o foco. Para recuperar a carreira e a saúde, Haller enfrentou uma cirurgia no local, fez tratamento e ou seis meses fora dos gramados. Mas a recompensa veio em janeiro de 2023, com a liberação para voltar a jogar pelo Dortmund.
A esteia oficial foi com gol - e logo em uma data especial. No dia 4 de fevereiro, quando se comemora o Dia Mundial do Combate ao Câncer, Haller deixou o seu gol contra o Freiburg, pela Bundesliga. De lá para cá, foram 11 gols em 36 jogos com a camisa aurinegra.
A volta por cima ficou completa com a camisa laranja da Costa do Marfim. Em meio a uma campanha que teve até demissão de treinador, a seleção contou com o faro decisivo de Haller.
Autor do único gol na semifinal contra a República Democrática do Congo, com vitória por 1 a 0, o artilheiro apareceu para decidir o título neste domingo, com vitória por 2 a 1 sobre a Nigéria. Uma história incrível e que merecia um final feliz para Haller.