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Scarpa não está só: outro ex-Palmeiras e Flu também caiu em golpe de criptomoedas e tenta recuperar dinheiro há dois anos k43p

Scarpa, Jean, Felipe Melo e Mayke comemoram a conquista do Brasileirão Miguel Schincariol/Getty Images

Após explodir a notícia de que o meia Gustavo Scarpa e o lateral-direito Mayke perderam R$ 11 milhões em conjunto em um golpe envolvendo criptomoedas, o nome de outros jogadores que tiveram suas finanças afetadas em esquemas similares começou a surgir. Um deles é o volante/lateral Jean, multicampeão por clubes como Palmeiras, São Paulo e Fluminense, e que chegou até vestir a camisa da seleção brasileira.

Atualmente defendendo o Retrô FC, de Pernambuco, Jean investiu R$ 320 mil em uma empresa de criptomoedas que prometia retornos de até 10% ao mês.

Os contratos foram assinados entre março e abril de 2021, mas o meio-campista nunca viu a cor de seu dinheiro de volta.

Agora, depois dos donos das companhias terem sido presos ou estarem foragidos, o atleta tenta recuperar seu patrimônio na Justiça.

A ESPN teve o à ação do jogador, que corre na 3ª Vara Cível de Santana do Parnaíba-SP, e mostra abaixo os detalhes.

Ao todo, Jean processou seis empresas: G.A.S. Consultoria & Tecnologia Ltda., G.A.S. Inovação Tecnologia Artificial Ltda., G.A.S. Assessoria & Consultoria Digital Eireli, M Y D Zerpa Tecnologia Eireli, I.G.S. Serviços de Assessoria e Treinamentos Ltda. e S.I.G Consultoria Eireli.

De acordo com a ação, essas empresas formariam um grupo econômico responsável por, em teoria, receber o dinheiro de investidores e rear os lucros obtidos através de criptomoedas.

Em agosto de 2021, porém, o sócio-proprietário do grupo G.A.S, Glaidson Acácio dos Santos (que ganhou o apelido de "Faraó das Bitcoins"), foi preso pela polícia sob acusações de criação de pirâmide financeira, além de homicídio e tentativa de homicídio.

Já sua esposa, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, no momento está nos Estados Unidos e é considerada foragida pela Justiça brasileira, que tenta sua extradição.

Em maio de 2022, então, Jean e seus advogados entraram com ação no TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) para tentar rescindir os contratos como grupo G.A.S. e recuperar o investimento de R$ 320 mil, que foi feito em quatro partes com o "Faraó das Bitcoins": dois depósitos de R$ 10 mil, um de R$ 250 mil e um de R$ 50 mil.

No processo, o jogador pede ainda os bloqueios de contas bancárias e bens dos acusados, de forma a reaver seus investimentos, o que foi concedido pela juíza Roseane Cristina de Aguiar Almeida, responsável pelo caso, em outubro de 2022.

Em dezembro de 2022, porém, os advogados de Jean informaram à Justiça que não foram encontrados "ativos financeiros" no grupo G.A.S. que pudessem ressarcir os R$ 320 mil perdidos pelo atleta.