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Rice no Arsenal? Cinco vezes que Manchester City abriu mão de 'leilão' por reforços - e se deu bem 686053

Declan Rice era, sim, um sonho de consumo de Pep Guardiola para a vaga deixada pelo capitão Ilkay Gundogan, que mudou-se para o Barcelona após levar o Manchester City à Tríplice Coroa na temporada ada. Mas nem o dinheiro quase infinito de seu dono fez o atual campeão da Premier League e da Champions League superar a concorrência do Arsenal pelo volante do West Ham.

A perda do meio-campista, claro, gera um baque na torcida, que já fazia planos de como escalar Rice ao lado das estrelas que há anos brilham no City, mas é tratada pelo clube como algo absolutamente natural, sobretudo pelo histórico de não entrar em leilões - e normalmente acertar quando sai da disputa com um rival local por um jogador valorizado.

Se Rice tem tudo para fazer bastante sucesso pelo Arsenal de Mikel Arteta, o City coleciona exemplos de vezes em que acreditou não compensar pagar um valor exorbitante por um novo reforço e o tempo lhe deu total razão. O ESPN.com.br separou cinco casos que fizeram o clube de Guardiola sair bem por cima mesmo com a "derrota" no mercado.

Veja abaixo:

Alexis Sánchez 3w27q

Em janeiro de 2018, o atacante chileno estava a menos de seis meses do fim do contrato com o Arsenal e foi motivo de disputa dos dois times de Manchester. O City, que já havia tentado em vão contratá-lo seis meses antes, ofertou 20 milhões de euros, valor que acreditava ser suficiente para um jogador que poderia sair de graça na janela de transferências seguinte.

Mas o Manchester United apareceu de última hora e topou pagar 30 milhões de euros, o que seduziu o Arsenal. O City, então, saiu da parada e deixou que José Mourinho levasse o atacante para Old Trafford, em uma decisão que parecia arriscada, mas se confirmou correta.

Sánchez ou uma temporada e meia no United, onde marcou apenas cinco gols em 45 partidas, até ser liberado para a Inter de Milão. Em compensação, o City esperou seis meses e contratou Riyad Mahrez, do Leicester City, para a mesma função que seria do chileno. O argelino segue no Etihad Stadium até agora e, em cinco temporadas, soma 78 gols, vários deles decisivos.

Fred 5os4b

O volante brasileiro era destaque no futebol ucraniano quando, em janeiro de 2018, o Manchester City decidiu fazer uma oferta de 44,5 milhões de libras, segundo noticiaram vários veículos europeus. O jogador era o escolhido para primeiro se revezar e depois suceder Fernandinho no meio-campo azul.

Mas apareceu de novo o United. Enquanto Fred estava na Copa do Mundo com a seleção brasileira, o clube de Old Trafford pagou 50 milhões de libras e fechou com o volante, que, atualmente, está em uma suposta lista de dispensas após nunca cair inteiramente nas graças da torcida.

Se perdeu Fred, o City acertou em cheio no substituto ao garantir, um ano depois, a contratação de Rodri, do Atlético de Madrid, por 70 milhões de euros. Quem duvida do acerto, basta lembrar que o espanhol foi o autor do gol que decidiu o título da Liga dos Campeões.

Harry Maguire 6scs

Outra "saborosa derrota" do City para o rival da cidade, que se mostrou mais um bom negócio que o time azul fez sem gastar um centavo. Então titular absoluto do Leicester, Maguire foi sondado pelos Citizens para a vaga deixada por Vincent Kompany, ao fim da temporada 2018/19.

Apesar da oferta ser generosa, bem como o valor de salário, o Manchester United ganhou a disputa ao topar pagar 87 milhões de euros, valor que o City considerou muito acima pelo defensor inglês. E a soma ficou ainda mais impressionante pelo que Maguire (não) fez em Old Trafford.

Enquanto o inglês virou motivo de chacota no lado vermelho de Manchester, o City esperou mais um ano para encontrar o zagueiro que resolveria seus problemas: Rúben Dias, português comprado do Benfica por um valor mais barato que Maguire (68 milhões de euros) e que foi seis vezes campeão, contando três edições da Premier League e também a Champions.

Kalidou Koulibaly 6x3o43

Depois de "perder" Maguire e antes de garantir Rúben Dias, o City pensou ter encontrado o seu novo zagueiro ao acertar todos os valores de contrato com o senegalês Kalidou Koulibaly. O problema, porém, foi o desacordo com o Napoli.

Por conta de um ado conflituoso com o clube italiano, que teria ignorado um acordo verbal com o City para negociar Jorginho com o Napoli em 2019, os ingleses não toparam pagar 72 milhões de libras, valor exigido pelos italianos para fechar negócio.

Koulibaly seguiu em Nápoles por mais três anos até ser vendido, já em reta final de contrato, para o Chelsea, onde atuou sem brilho algum na temporada ada. Após só um ano na Premier League, o defensor foi negociado com o Al Hilal, em mais uma das negociações de estrelas que atuavam na Europa com times da Arábia Saudita.

Marc Cucurella 242k4r

A última compra que o City se livrou foi no ano ado. Em processo de venda de Zinchenko para o Arsenal, o time de Manchester acreditava ter um acordo para contratar Marc Cucurella, espanhol que havia se destacado no Brighton. A impressão era que ele se encaixaria como o lateral construtor que Guardiola gostaria.

Mas, focado em fechar com Erling Haaland e Kalvin Phillips, o City não esperava que o Brighton fosse fazer jogo duro e exigir mais dinheiro por Cucurella. Sem acordo com a equipe de Manchester, apareceu o Chelsea, que investiu 55 milhões de libras no lateral-esquerdo, enquanto a oferta do City era de no máximo 40 milhões.

Sem Cucurella, o City esperou até o último dia da janela para não investir em um lateral, mas sim em um zagueiro que pudesse atuar em mais de uma função. Chegou-se, então, ao nome de Manuel Akanji, que custou "apenas" 17 milhões de euros e se tornou imprescindível na Tríplice Coroa.