Atualmente no Al Ahli, da Arábia Saudita, Roberto Firmino formou um dos trios mais vitoriosos da Europa nas últimas temporadas ao lado de Mohamed Salah e Sadio Mané no Liverpool. No entanto, além de dar assistências aos dois astros, o brasileiro também atuou como 'bombeiro'.
Em sua autobiografia "Sí Señor: My Liverpool Years", o atacante revelou que em muitos momentos atuou como intermediador das tensões envolvendo o craque egípcio e o senegalês, que atualmente defende as cores do Al Nassr.
“Eu conhecia esses caras muito bem, talvez melhor do que ninguém. Era eu lá no campo, bem no meio deles. Vi em primeira mão os olhares, as caretas, a linguagem corporal, a insatisfação quando um estava bravo com o outro. Eu sentia isso. Eu era a peça ligante entre os dois no nosso ataque e o bombeiro também", disse Firmino, antes de relembrar o episódio entre os dois que expôs a situação frágil.
"Para muitos, aquele desentendimento [contra Burnley em agosto de 2019] entre Sadio e Mo foi o primeiro. Para outros, o primeiro e o último. Mas eu sabia que algo estava acontecendo desde a temporada anterior. Meu instinto e meu dever era acalmar a situação entre eles jogando água no fogo."
Firmino, em sequência, conta sobre a relação dos dois no dia a dia. O brasileiro revelou que a dupla se tratava com o máximo de profissionalismo possível, mas que era reservada e não mantinham contato pessoal.
"Eles nunca foram melhores amigos, eram reservados. Era raro ver os dois conversando e não tenho certeza se isso tinha a ver com a rivalidade Egito e Senegal nas competições africanas. Eu realmente não sei. Sempre agiram com o máximo profissionalismo."
Lado humano em campo e 'influência' nas atitudes de Klopp 616f10
Para Firmino, o legado deixado, que teve consequência esportiva, não foram somente os gols e assistências, mas sim o papel unificador do trio.
"Nunca tomei partido. É por isso que eles me amam. Sempre ei a bola para os dois. Minha preferência era pela vitória do time. Muitos se concentram no que eu trouxe para o trio de ataque em termos táticos, mas talvez tão importante quanto foi o humano: meu papel como pacificador, unificador. Se eu não fizesse isso, não haveria nada além de tempestades entre os dois em campo", disparou o brasileiro, que completou sobre ser mais substituído por Klopp do que Salah e Mané justamente por sua mentalidade pacificadora.
“Talvez por isso fui o mais substituído por Klopp. Nós três tínhamos personalidades muito diferentes, e o chefe sabia que eu não jogaria uma garrafa no chão ou algo parecido. Falava com ele em particular depois. Quando uma substituição era necessária, era mais fácil tirar Bobby do que perturbar qualquer um dos outros dois."
“Todos, incluindo os outros jogadores, sabiam que era assim que funcionava. Era o segredo mais mal guardado do Liverpool - naturalmente, ninguém nunca perguntou o que eu pensava ou como me sentia", finalizou.
Próximos jogos do Liverpool: 503l6a
Toulouse, quinta-feira (9), 14h45h (de Brasília), pela Europa League - com transmissão pela ESPN no Star+
Brentford, 12/11, 11h (de Brasília), pela Premier League, com transmissão pela ESPN no Star+
Manchester City, 3/12, 9h30 (de brasília), pela Premier League, com transmissão pela ESPN no Star+