Vinicius Souza, campeão da Libertadores pelo Flamengo em 2019, é um dos destaques do Campeonato Belga 2u2s4
Campeão da Conmebol Libertadores em 2019 pelo Flamengo, Vinicius Souza era um dos xodós do técnico Jorge Jesus. Atualmente destaque no KV Mechelen, da primeira divisão belga, o meio-campista acredita que o trabalho com o Mister o ajudou a se firmar na Europa.
"Aprendi demais a jogar sem a bola e isso me ajudou demais a entender como era a Europa. Se defender bem e saber fechar bem os espaços. O Jesus falava para a gente desfrutar cada momento que tudo ava muito rápido na carreira. É o que tento levar para mim", disse ao ESPN.com.br.
"Todo dia ele me dava uma bronca (risos). Ele pegava muito no meu pé, mas sabia que era para o meu bem. Foi um treinador que foi um pai e abraçou todo mundo e foi abraçado por todos. Todo mundo que esteve em 2019 gostava do Mister e vamos levar para sempre", disse.
Vinicius lembra que precisava seguir à risca as instruções de Jorge Jesus para poder jogar no Flamengo. Para isso, ele precisou mudar algumas características que havia aprendido nas categorias de base.
"Às vezes ele mandava tocar na direita, você tocava lá e, mesmo assim, ele dava bronca. A gente não entendia, mas respirava e falava: 'Vamos para a próxima que daqui a pouco vem outra' (risos). Acho que a maioria (das broncas) era nos treinos. Quando ele queria que você girasse o jogo e você não fazia, ele queria te matar!", recordou, ao risos.
"Quando o volante recebia o e de um zagueiro, não poderia tocar de primeira para o outro zagueiro. O Mister gostava que você controlasse a bola para depois ar. O problema é que o costume da base era tocar de primeira. Era nessa hora que eu levava mais bronca", contou.
Mesmo assim, ele guarda com carinho os ensinamentos que aprendeu com o português nos temps de Gávea.
"No começo foi uma mudança muito grande porque ele jogava de uma forma totalmente diferente do que tinha feito até então na carreira. Tive que mudar 100% meu estilo de jogo, foi algo que revolucionou muito para mim".
O português costumava fazer treinos do time titular sem adversários para trabalhar taticamente. Além disso, colocava estacas no campo para determinar o posicionamento em campo de cada jogador.
"A história dos números era uma coisa simples todo mundo sabia onde tinha que estar no teu espaço. A gente falava naturalmente. Era tanta informação que os adversários não entendiam o que a gente conversava em campo. A gente treinava isso todos os dias".
Vinicius, que também jogou pela seleção brasileira de base no Torneio de Toulon, na França, foi comprado em 2020 pelo City Football Group - dono do Manchester City - e foi reado ao Lommel, que disputa a segunda divisão da Bélgica.
Logo na primeira temporada ele foi indicado ao prêmio de craque da Segunda Divisão e disputou 19 jogos, sendo 17 como titular. Em seguida foi jogar a primeira divisão belga pelo KV Mechelen, no qual é titular e um dos principais jogadores.