Novidade da seleção busca 1º título na Europa após 'sofrer' para conquistar técnico: 'Te espreme para entregar tudo' 1p6p5o

O brasileiro Éderson é uma das principais peças da Atalanta na luta para levantar a taça da Europa League contra o Bayer Leverkusen. A decisão será nesta quarta-feira (22), às 16h (de Brasília), em Dublin, com transmissão ao vivo pela ESPN no Star+.

Se há quatro anos, o meio-campista não tinha grandes perspectivas no Corinthians, hoje vive a melhor temporada de sua carreira. Tal sucesso, inclusive, o fez realizar o maior sonho de um jogador de futebol nascido no país: ser convocado pela seleção brasileira.

Só que, para se tornar destaque na Atalanta, Éderson teve que superar um início de trabalho para lá de complicado com o técnico Gian Piero Gasperini.

Depois de ajudar a Salernitana a se salvar do rebaixamento do Campeonato Italiano, o volante desembarcou em Bergamo, em 2022, para defender a nova equipe. A personalidade do ''professor'' foi um dos obstáculos que o brasileiro teve que enfrentar.

''Foi um pouco mais difícil a questão da adaptação com ele, porque é um técnico que te ‘espreme’ para você entregar tudo que tem no lado tático e técnico. Você tem que estar muito bem para entender o que ele está querendo. Se você entende isso, consegue se adaptar um pouco mais rápido'' afirmou o meio-campista, em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br.

''Sofri uns seis meses para falar a verdade, porque ele me falava tudo e é um cara um pouco mais fechado na questão extracampo. Mas ele é bem comunicativo em campo e gosta de ar muita informação. Então, quando cheguei, recebi tanta informação e acabei sofrendo um pouco'', seguiu.

Hoje, Éderson já se sente em casa. Em sua segunda temporada na Atalanta, anotou sete gols e deu uma assistência em 51 jogos. Ele e seu clube estão dentro do G-4 do Italiano, bem perto da tão sonhada vaga para a próxima edição da Champions League. E, de quebra, podem levantar a inédita taça da Liga Europa, depois de despachar os gigantes Liverpool, nas quartas de final, e Olympique de Marselha, na semi.

''Depois de uns meses, que já estava mais tranquilo, ia para os jogos, entrava, participava, mas o Gasperini vinha sempre e me mostrava os vídeos para tentar melhorar em algumas coisas. Depois eu já conseguia fazer tudo mais ou menos do jeito que ele queria. 100% não porque nunca está bom, sempre tem algo para melhorar. Ele sempre fala isso'', contou.

A parceria com Rafael Tolói 1y4p2m

Na Atalanta desde 2015, o brasileiro Rafael Tolói foi fundamental na vida de Éderson. O zagueiro não só ajudou o meia no início complicado, como também se tornou um grande amigo.

''Hoje a gente tem grande amizade, nossas famílias também. Nossos filhos estudam na mesma escola, então ele me ajudou bastante. Ele é um cara bem sério, bem profissional, muito respeitado pelo grupo. Tudo que acontece, ele sempre tenta ar para a gente. Ele absorve antes e depois a para a gente'', disse.

''Eu tive muita sorte de chegar aqui e ter um jogador como ele, que já tem um respeito do clube inteiro. Me recebeu e sempre me deixou bastante a vontade, falando comigo todos os dias'', completou.

A possível volta ao Brasil 27175m

Antes de se aventurar no futebol italiano, Éderson teve uma breve agem pelo Corinthians em 2020 até ser emprestado pelo Fortaleza, onde se destacou sob o comando de Juan Pablo Vojvoda até despertar o interesse da Salernitana.

Hoje, 100% adaptado ao país, o volante só pensa em voltar ao Brasil no futuro.

''Eu quero ficar um pouco mais, alguns anos ainda na Europa, agora que estou adaptado aqui. No momento estou 100% focado aqui e quero fazer grandes, grandes coisas aqui, grandes jogos, jogar contra grandes equipes. Mas no futuro, claro que penso em voltar para o Brasil'', finalizou.