<
>

Lugano revela como aprendeu do 'outro lado' após querer até bater em dirigente do São Paulo por salário atrasado 3f6c4m

play
Zé Roberto conta como ajudou Palmeiras a 'tirar' Dudu de Corinthians e São Paulo: 'Acho que está me agradecendo até hoje' (0:46)

'Ele fez a melhor escolha', brincou Zé Roberto | Veja o "Resenha: Fernando Prass e Zé Roberto" pela ESPN no Star+ (0:46)

Lugano revelou, em entrevista, que chegou a quase bater em dirigente do São Paulo por atrasos de salário, mas se arrependeu depois de viver ‘o outro lado’ 5v3k23


Hoje comentarista dos canais Disney, Diego Lugano é um dos grandes ídolos da história recente do São Paulo. Após o fim da carreira, o uruguaio chegou a trabalhar como dirigente no Tricolor, sendo um elo entre diretoria e jogadores.

Em entrevista ao podcast Flow Sport Club, o ex-jogador revelou que teve um grande choque ao mudar de função e relembrou quando quase bateu em diretor financeiro nos tempos de jogador como exemplo.

“A história que melhor reflete a transição de jogador para dirigente foi quando eu ainda atuava, e o São Paulo atrasava algumas premiações, alguns pagamentos e eu queria matar o diretor financeiro. Teve um dia que liguei para ele e disse que bateria nele no CT. Ele estava me prejudicando como líder. Ele não apareceu, deu a volta e não apareceu na reunião”, disse.

“No meu trabalho como dirigente, vendo o esforço de trabalho do diretor financeiro, de conseguir honrar os compromissos recebendo menos do que precisa gastar, para ter as contas em ordem, com a tensão... eu pensei: 'Olha como eu sou burro e quadrado', esse é um pequeno exemplo de como você aprende do outro lado”, completou.

Lugano ainda disse que talvez não aceitaria a proposta do Tricolor caso voltasse no tempo, até mesmo pelos últimos meses que viveu e a forma intensa como foram.

“Se voltasse no tempo não sei se aceitaria. Meus últimos seis meses de São Paulo foram os mais desgastantes de toda a minha carreira. O clube nunca havia sido rebaixado e eu era o líder do grupo. Eu pensava em parar no final do ano e pensava de noite: 'Não é possível que eu encerre a minha carreira com essa mancha”, afirmou.

O uruguaio lembrou de como foram suas últimas semanas como atleta, chegando a tomar medicamentos para dormir e que, de primeira, recusou a proposta para seguir no São Paulo como dirigente.

“Todos os dias eu tomava medicamento para dormir, todos os dias, tentando entender e manipular toda aquela crise que nos pegava e eu acabei caindo nessa pressão. Eu tentava evitar problemas e ainda precisa jogar. Me desgastei demais e decidir parar, muito consciente”, relembrou.

“Logo em seguida, por conta dessa minha influência dentro do clube, entenderam que eu poderia ajudar. Eu recusei num primeiro momento e, após um mês, aceitei por ser uma nova etapa da minha carreira, para eu aprender e poderia ajudar no extra-campo. Foram três anos positivos do ponto de vista do aprendizado”, finalizou.