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Champions: Dodô, ex-Coritiba, fala do 'alto nível' do Shakhtar Donetsk contra o Real Madrid e da 'final' contra a Inter de Milão 2y3o1n

Nesta quarta-feira, às 17h (de Brasília), o Shakhtar Donetsk enfrenta a Inter de Milão no estádio San Siro pela última rodada do grupo B da Uefa Champions League em busca de mais uma "zebra". Se vencer, avança às oitavas de final, elimina o time italiano e ainda pode ver outro poderoso, o Real Madrid, também ficar para trás.

A equipe espanhola, por sinal, teve pesadelos com os ucranianos nesta fase de grupos com duas derrotas, a última na semana ada.

Lateral direito do Shakhtar, Dodô esteve presente em todos os minutos jogados até agora na Champions.

Em entrevista à ESPN, o jogador revelado pelo Coritiba falou de sua temporada na Ucrânia, a adaptação, como foi possível vencer o Real duas vezes e a preparação para a "final" contra a Inter.

ESPN: Você foi titular em todos os jogos e minutos do Shakhtar na atual Champions. Como tem sido esta temporada para você?

Dodô: Uma temporada de muita evolução e aprendizado. Tenho conseguido uma sequência como titular e isso tem sido muito importante na minha evolução como atleta. Agradeço demais a comissão técnica, diretoria e ao grupo de jogadores pela confiança. Certeza que, seguindo o trabalho com muita dedicação e entregar, irei crescer e evoluir ainda mais.

Duas vitórias sobre o Real Madrid na fase de grupos surpreenderam a todos. Como isso foi possível?

Com um trabalho de estudo de adversário bem feito pela comissão técnica e muita entrega de nós, jogadores, nas duas partidas. Conseguimos anular os principais pontos da equipe deles e atacamos nos lugares corretos. Foram dois jogos em alto nível da nossa equipe. Esperamos repetir essas atuações no jogo decisivo contra a Inter.

Diante da Inter, como preparar o time para um duelo que é uma "final"?

É entrar com o pensamento de que é um final e o jogo mais importante do ano. Esse tem que ser o espírito. A Inter tem uma equipe muito qualificada e bem montada pelo (Antonio) Conte. Temos que jogar com inteligência e saber o momento certo para buscar o resultado fora de casa. É uma decisão para as duas equipes. Estamos confiantes em conseguir a classificação.

Você saiu cedo do Brasil e está na terceira temporada na Europa. Quais as suas principais evoluções e onde ainda precisa melhorar?

Uma evolução em todos os aspectos. Técnico, tático e como ser humano. Esse período me ensinou muito e me tornou uma pessoa melhor. Falando de campo e bola, me considero hoje um lateral mais regular. Domino bem a parte ofensiva, que sempre foi meu forte, e evoluí demais a minha parte defensiva. Destaco também a intensidade. Aqui na Europa o jogo é intenso e requer atenção durante todo o jogo. Feliz pelo atleta que tenho me tornado e com a certeza de que ainda posso crescer muito mais.

Você tem acompanhado o Coritiba? Como vê a atual situação do time?

Os jogos, em virtude do fuso horário, às vezes fica complicado de ver. Mas sempre leio as notícias e acompanho na medida possível. Sou muito grato e tenho muito carinho pelo clube que me revelou. Estou e estarei sempre na torcida.

Com tanto brasileiro no elenco, foi necessário aprender russo? Tem alguém que atue como intérprete dos jogadores mais novos?

A adaptação, sem dúvida, fica muito mais fácil tendo ao lado pessoas com a mesma nacionalidade. Na minha chegada aqui tive muita ajuda dos brasileiros que já estavam por aqui como Taison, Marlos, Ismaily.. Entre outros. Sobre a língua, procuro me esforçar para falar o máximo possível.

Aos 22 anos, ainda pretende atuar por mais tempo no Shakhtar? Qual futebol na Europa você acha o mais atrativo para jogar?

Costumo sempre dizer que no futebol nós não conseguimos prever muito o que vai acontecer. Sou muito feliz no Shakhtar e grato ao clube por tudo que me proporciona. Deixo todas essas situações extracampo para os meus empresários cuidarem. Quanto a outras ligas, acompanho sempre a Bundesliga, LaLiga, Série A, Ligue 1, Premier League... Sempre que posso, assisto partidas das grandes equipes.