O Paris Saint-Germain negocia a redução de metade dos salários de todos os jogadores do elenco principal, incluindo as estrelas Neymar, Kylian Mbappé e Edinson Cavani. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo jornal "Le Parisien".
Segundo o periódico, o PSG projeta uma queda de até 300 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão) de faturamento, devido à pandemia do coronavírus que paralisou todo o futebol europeu.
A consequência disso é, portanto, diminuir os salários dos atletas para ajudar nas finanças do clube, que terá dificuldade para manter o pagamento se a situação não se normalizar nas próximas semanas.
A redução de 50% é referente a salários e também bônus recebidos pelos atletas, individualmente e previstos em contrato. A situação também pode se entender a outras áreas do clube, como futebol feminino e também o handebol.
A negociação do PSG com seus astros vai ao encontro de um acordo feito entre dirigentes e o sindicato de jogadores da Ligue 1 e Ligue 2, com objetivo de preservar as finanças dos clubes durante o período de pandemia.
Pelo acordo, haverá um escalonamento de cortes de salários entre jogadores. Os que recebem menos de 10 mil euros (R$ 56,8 mil), por exemplo, não serão afetados. Os demais serão divididos assim:
Entre 10 e 20 mil euros: corte de 20%
Entre 20 e 50 mil euros: corte de 30%
Entre 50 e 100 mil euros: corte de 40%
Acima de 100 mil euros: corte de 50%
Caso confirmada a redução salarial, o PSG seguirá os exemplos de Barcelona, Real Madrid, Juventus e Bayern de Munique, outros gigantes do futebol mundial que já entraram em acordo com seus jogadores para evitar uma crise financeira.
O Campeonato Francês está parado há quase um mês, desde 16 de março, e muitos jogadores já nem estão em território francês. Neymar e Thiago Silva, por exemplo, voltaram ao Brasil, enquanto Edinson Cavani voou direto para o Uruguai.