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São Paulo já descarta Ricardo Oliveira e vinda de Adriano depende de finanças 1t241h

A diretoria do São Paulo trabalha para tentar atender dois pedidos do técnico Cuca: a contratação de um lateral ambidestro e também de um centroavante. Mas tem esbarrado nas dificuldades financeiras e até políticas para avançar nas negociações.

Ricardo Oliveira, que teve seu nome debatido em reuniões internas, está descartado. O São Paulo decidiu não fazer uma proposta ao Atlético-MG, ao saber que o jogador tem multa alta (R$ 200 milhões) e interesse em um contrato de mais de dois anos.

Ele até tem o perfil que Cuca gosta. Isto é, é goleador (13 tentos em 25 jogos na temporada), mas está com 39 anos. O elenco tricolor já conta com jogadores veteranos e alguns devem sair após um período de desgaste. Casos de Jucilei e Nenê.

A resistência de algumas partes em fazer um investimento em outro veterano e por valores tão altos e com tempo longo de contrato.

Assim, o São Paulo tende a insistir na vinda de Juan Dinenno, atacante argentino que está emprestado ao Deportivo Cali pelo Racing. O contrato terminará no final deste ano e a equipe colombiana não pensa em exercer o direito de compra (cerca de 2 milhões de euros).

Dinenno tem 24 anos e fez 15 gols em 29 jogos pelo Deportivo Cali na temporada. A média dele nos últimos três anos é de 0,50 gol por partida. Antes do clube atual, ele foi emprestado ao Deportivo Cuenca-EQU (2017) e ao Barcelona-EQU (2018).

Se a escolha pelo centroavante parece emperrada, a vinda do lateral desejado por Cuca esbarra mais no lado financeiro.

O escolhido é Adriano, 34, que terminará o contrato com o Besiktas, da Turquia, no final deste mês. Ele é ambidestro, como Cuca quer, e sua vinda não tem custo de transferência, o que facilita, em tese, as tratativas. As conversas com o estafe do jogador também animaram a diretoria. Nos últimos dias, alguns já entendiam que a negociação ficou mais próxima de ser concretizada.

O problema é que ainda não houve um acordo salarial interessante para as duas partes.

O São Paulo vive nesse momento uma forte cobrança interna para reduzir os custos do departamento de futebol (que continuam próximos a R$ 12 milhões mensais). Nesta quinta-feira, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, se reunirá com aliados políticos que, apesar da posição, cobram e desejam a aplicação imediata de uma devassa no departamento de futebol. Inclusive, com cortes.

Para contratar, a ordem é aliviar a folha salarial primeiro.

Cuca tem colocado aos diretores que o período de pausa do Campeonato Brasileiro para a Copa América é de grande importância para ele trabalhar como pensa e recuperar o São Paulo. Serão dez dias de folga aos atletas, mas na volta aos treinos ele quer contar com o grupo que pretende caminhar até o final do ano. Isso significa já com os jogadores que não ficar afastados e com os reforços.