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Na Bundesliga, Hamburgo é 'cemitério de brasileiros' nas últimas 10 temporadas 396m

Walace cabisbaixo durante jogo do Hamburgo na Bundesliga Getty Images

Quando a notícia de que o volante Walace havia sido afastado por tempo indeterminado do Hamburgo pipocou nesta terça-feira, poucos torcedores alemães devem ter se surpreendido. Afinal, jogador brasileiro por lá não costuma dar certo – pelo menos nas últimas dez temporadas.

O ex-Grêmio é um de seis brasileiros com agem pelo clube no período. A maioria chegou com grande expectativa, não decolou e viu a carreira decepcionar após deixar a segunda maior cidade da Alemanha.

Destaque no clube gaúcho, o meio-campista de 1,88m foi vendido ao Hamburgo por 9,2 milhões de euros (cerca de R$ 37,2 milhões na cotação atual) no início de 2017, meses depois de ser peça importante na primeira medalha de ouro olímpica do Brasil no futebol.

Um ano e meio depois, o talentoso jogador se afasta das previsões de sucesso na carreira após recusar o pedido do técnico para atuar como zagueiro. Com 30 partidas e dois gols pelo clube, Walace agora treinará em separado com o sub-21.

THIAGO NEVES

O caso traz à memória a agem de Thiago Neves pelo “Dinossauro”. Logo depois de fazer quatro gols nos dois jogos da final da Libertadores de 2008, o meia foi comprado junto ao Fluminense e desembarcou querendo sucesso na Europa. A realidade, porém, reservou problemas com o técnico, pouco destaque e um empréstimo de volta ao time das Laranjeiras. Por fim, acabou vendido ao “Mundo Árabe” – mais especificamente, o Al-Hilal.

ALEX SILVA

Outro a chegar no clube de 130 anos na temporada 2008-09 foi Alex Silva. Tricampeão brasileiro com o São Paulo e titular na zaga de Muricy Ramalho, o “pirulito” jogou pouco mais de uma temporada por lá e teve grave lesão no joelho antes de retornar ao Brasil. Depois de ar novamente pelo São Paulo e, discretamente, por Flamengo e Cruzeiro, o zagueiro rodou por pequenos do país e agora está no Jorge Wilstermann, da Bolívia.

CLÉBER

Anos mais tarde, em 2014, foi a vez do zagueiro Cléber Reis tentar a sorte no atual lanterna da Bundesliga. Duas temporadas e 44 jogos depois, foi comprado pelo Santos no início de 2017. Não deu certo. Ainda no ano ado, foi emprestado para o Coritiba, onde acabou rebaixado. Encostado, especula-se que possa ser emprestado para o Paraná nos próximos dias.

DOUGLAS SANTOS

Revelação no Atlético-MG em 2015, o lateral esquerdo recebeu o prêmio Bola de Prata de melhor da posição no Brasileiro. Um ano depois, foi campeão olímpico como titular e também ganhou convocação de Dunga para a seleção brasileira principal.

Não demorou para o Hamburgo crescer os olhos e fechar contrato de cinco anos com o atleta de então 22 anos. Apesar da titularidade e do primeiro gol pelo clube no último sábado contra o Hertha Berlin, Douglas ‘sumiu’ da mídia brasileira na equipe, perdendo espaço, por exemplo, na seleção.

ZÉ ROBERTO

Toda regra tem uma exceção. E o recém-aposentado Zé Roberto não parece ligar muito para tendências mesmo, afinal, jogou profissionalmente até os 42 anos de idade.

Já aos 35 anos e com uma carreira consolidada, o meio-campista foi vendido do Nacional-URU para o Hamburgo em 2009. ou duas temporadas por lá, com 72 partidas e 8 gols. Após rápida agem pelo Al-Gharafa, do Catar, atuou ainda por surpreendentes seis temporadas no mais alto nível do futebol brasileiro. Foram mais de 200 jogos por Grêmio e Palmeiras, com direito a título brasileiro e da Copa do Brasil.